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Se você tem alguma queixa relacionada à flacidez, já deve ter ouvido falar sobre os Fios de PDO. Compostos de polidioxanona, esses fios são utilizados para promover lifting e aumento da síntese de colágeno – a famosa proteína da firmeza. 

O procedimento é minimamente invasivo e não cirúrgico. Mulheres e homens podem ser beneficiados. Quer entender como funciona? Preparamos esse artigo completo para te contar. 

Entenda para que os fios de PDO são indicados

O processo de envelhecimento compromete gradualmente a síntese de colágeno. A partir dos 30 anos, há uma perda de aproximadamente 1% da proteína que produzimos durante um ano. Aos 50 anos, idade estimada da menopausa, o corpo produz cerca de apenas 35% do colágeno necessário para que nossa pele mantenha sustentação. 

A diminuição da produção de colágeno e elastina faz com que haja redução da elasticidade e flacidez da pele, o que pode trazer um aspecto envelhecido para determinadas regiões do corpo e do rosto. 

A velocidade da perda de colágeno varia individualmente de acordo com a genética e hábitos. Se você é fumante ou se expõe com frequência a radiação ultravioleta, o processo tende a ser mais acelerado. 

Para combater tais efeitos, procedimentos que aumentem a síntese natural de colágeno são indicados, como é o caso dos fios de PDO. Esses fios podem ser colocados com o objetivo de tracionar áreas específicas ou promover um rejuvenescimento global da face, como você verá a seguir. 

Como funcionam os fios PDO

Os fios de PDO são compostos de polidioxanona, uma substância sintética e biodegradável. Esses filamentos são inseridos na derme ou subderme com ajuda de uma agulha ou cânula, com anestesia local. 

A própria inserção dos fios de PDO em derme ou subderme causa um trauma localizado durante o percurso da agulha que contém o fio, promovendo separação mecânica dos tecidos locais e lesão aos pequenos vasos sanguíneos. Esse trauma localizado desencadeia um processo inflamatório imediato, seguido por uma eventual produção de colágeno. 

Existem basicamente dois tipos de fios PDO: os espiculados e os lisos. Os espiculados, conforme o nome já diz, possuem espículas, que são espécies de “ganchos” que promovem a tração. Logo, eles “levantam” a pele no local necessário, promovem efeito lifting e estimulam o organismo a produzir colágeno.

Já os fios lisos promovem a melhora da flacidez. Os filamentos são introduzidos em diversas direções, construindo uma rede. Eles estimulam o colágeno e melhoram a tensão da área, funcionando como uma espécie de malha embaixo da pele. O resultando é um rejuvenescimento natural, com melhora das linhas finas e do craquelado da pele. 

De forma geral, têm duração de 6 a 8 meses até serem absorvidos pelo organismo. No entanto, devido ao aumento da concentração de colágeno gerada, seus efeitos se mantêm por cerca de dois anos. 

Os locais mais frequentemente tratados, são:

• Sobrancelhas;
• Pálpebra inferior;
• Testa;
• Contorno do rosto;
• Bigode chinês;
• Pé de galinha;
• Àrea zigomática (maçã do rosto);
• Região do pescoço;
• Linhas de marionete;
• Umbigo triste; 
• Braços, joelhos, coxas;

Fios de PDO: problemas são possíveis? 

A técnica com fios de PDO é considerada segura, porém é necessário um profundo conhecimento de anatomia e das propriedades das camadas da pele. Logo, escolher um bom profissional é o primeiro passo para evitar complicações. 

Além disso, é contraindicada a colocação de fios de PDO nos casos das patologias autoimunes, como lúpus e vitiligo. É também contraindicado para pacientes que possuam algum tipo de patologia de coagulação. 

Fios PDO ou Sculptra?

Se você nos acompanha aqui no blog, já deve ter lido a respeito dos bioestimuladores. Tratam-se de substâncias biocompatíveis e bioabsorvíveis que são injetadas na pele para promover a síntese de colágeno. 

Atualmente, entre os mais conhecidos estão ácido polilático (Sculptra), hidroxiapatita de cálcio (Radiesse) e policaprolactona (Ellanse). Como o Sculptra é composto pela mesma substância que os fios PDO, muitas pessoas se perguntam qual deles é o melhor. 

Fato é que ambos são indicados para o tratamento de flacidez, e não existe um tratamento melhor, pois a indicação varia para cada pessoa. Em algumas regiões, como as pálpebras inferiores, não é indicado o uso dos bioestimuladores, logo, os fios de PDO devem ser o tratamento de escolha.

O protocolo deve ser sempre individualizado, levando em consideração o tipo de pele, grau e áreas de flacidez,  e, principalmente, objetivo do tratamento. 

Sendo assim, a escolha por fios PDO e/ou bioestimulador deve ser feita junto do seu dermatologista. Escolha alguém sério e de confiança, que te ajude a encontrar o plano que melhor atende às suas expectativas. Dessa maneira, você terá o melhor resultado alinhado àquilo que deseja.

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